É tão bom saber que choras,
que tens tremores e suores
nas noites vagarosas
em que me lembro
que não sou nada mais
do que a lembrança
de um passado distante
vivido em horas erradas.
É bom saber que na matança
te terei sempre ao meu lado,
triste palhaço consolado
que viajas ziguezagueando
pelos recantos desta história.
Como dá gosto o teu abraço
e o teu cheiro a carne fresca
que sinto nas minhas entranhas,
a tua espada no meu ventre.
E o meu desejo
outrora ardente
perde-se em estranhos ideais
e fôssemos nós criaturas banais
já te terias extinguido
nas profundezas destas linhas
que por mais que te doa
nunca terão traços iguais.
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