O meu amor piramidal
de papel e cartão
ora pairando em nuvens brancas
ora espalhado pelo chão.
Encontro-me nas tuas pernas descarnadas
e sinto os ouvidos entupidos
com sangue coagulado
pelos meus próprios silêncios enigmáticos
que com beijos asmáticos tentas contrariar.
Mas depois de tudo,
desejos flutuantes e instintos animais
somos os mesmos chacais que antes
com dentes afiados,
assassinos sem descanso
com inseguranças de gente grande.
E só tu,
mesmo sem vinhos ou fumos
fazes com que me perca
sem outro sabor
ou outra tela
que não o teu semén
elegantemente distribuído
pelos pequenos seios
que não ousas maltratar.
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