A puta,
enfrascada em litros
do vinho mais barato,
refinada formosura
entre os seus refegos imundos
desde os seios descaídos
aos recantos profundos
dos buracos negros
que guarda carinhosamente
para si e toda a gente.
O fantasma omnipresente
de olhos despertos
esbugalhados e apaixonantes
chora álcool e sais,
saem fluxos corporais
leites azedos e outros que tais
reflectindo a redonda figura
no chão sujo da cozinha.
Na tempestade que se avizinha,
puta astuta,
fera gorda de estranhos costumes...
Lábios vermelhos e inchados
constantemente humedecidos.
Como brilha a puta amada,
sempre a mais amargurada
de tentáculos erectos
e rectos princípios
quebrados por ela apenas.
Glória, glória
dos nossos tempos,
veias fracas venenosas...
contento de homens e mulheres perdidas,
como te quereríamos provar
não estivesses tu já murcha
e tão mal e porcamente
fodida.
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