Sou aranha equilibrista,
presa entre sonhos de odalisca
e desejos mais banais.
E enquanto andas perdido e mudo,
quando a culpa é só minha,
corro alegremente pelos campos
desfolhando outros arbustos
e descascando avelãs.
Mas nada terá sido em vão.
Se não és nem serás nunca
meu corrimão
outros certamente acolherão
com toda a pompa e circunstância
a abençoada graça
da minha triste presença,
por mais breve que seja
nos degraus de alguém.
segunda-feira, 30 de abril de 2012
domingo, 22 de abril de 2012
segunda-feira, 9 de abril de 2012
Vou-me assim
Vou-me assim
de forma estranha
como a absurdez das pedras da calçada
que se questionam sobre o porquê
do irromper lento e vagaroso
das árvores na cidade.
Não sou daqui.
Canso-me
e desfaço-me em cansaço.
Estou já comatosa
mas de tão cansada
prefiro partir amanhã.
de forma estranha
como a absurdez das pedras da calçada
que se questionam sobre o porquê
do irromper lento e vagaroso
das árvores na cidade.
Não sou daqui.
Canso-me
e desfaço-me em cansaço.
Estou já comatosa
mas de tão cansada
prefiro partir amanhã.
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