Sou aranha equilibrista,
presa entre sonhos de odalisca
e desejos mais banais.
E enquanto andas perdido e mudo,
quando a culpa é só minha,
corro alegremente pelos campos
desfolhando outros arbustos
e descascando avelãs.
Mas nada terá sido em vão.
Se não és nem serás nunca
meu corrimão
outros certamente acolherão
com toda a pompa e circunstância
a abençoada graça
da minha triste presença,
por mais breve que seja
nos degraus de alguém.
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