O teu corpo esguio
corrompe as minhas entranhas
e sem grandes artimanhas
quebra o meu em pedaços
encontrados calmamente
nos suores do teu regaço
consolado com a chegada
e rompido pela partida
que um outro dia
será desfeita pelo cansaço
de esgrimir com dentes de aço
moinhos de vento
ao relento de miragens.
Mas a tua pele,
comprometida ou não,
será sempre minha
e a única prisão que verás
são as entrelinhas dos poemas
que tal como as minhas pernas
se entrelaçam à tua alma
na tranquilidade inocente
de uma violência nossa apenas.
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