Se o meu corpo fosse um instrumento
e o tocasses tão furiosamente
como arranhas as cordas,
nessa melodia transcendente
que me apaixona a cada nota...
Não sei o porquê
das tuas mãos entre o linho e o algodão
nem das tuas linhas
a desfazerem os meus prantos.
Tu que me lembras toda a gente
e nunca foste de ninguém.
E assim sopro-te as penas do ombro
com a esperança vã
de te ver na minha cama
na noite fria que se avizinha,
entre sonhos e paisagens
perdidas nos nossos olhos gélidos,
mortas por bolas santas
num despertar qualquer.
Há sonhos assim,
em que me esqueço que existes
e não sinto a profundidade do teu corpo
perdido no meu
em alegorias fantasmagóricas
fantasiadas pela tua ausência
na mente de outro alguém.
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