terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Tédio

Aborrecimento, tédio.

Fecham-se os olhos e perdem-se nas palavras
que já quis dizer,
encontrando-se depois
em frases sem sentido.
Desordenadas, coladas cuidadosamente
no frio da tua voz.

Caem.

E eu apanho-as uma por uma
e volto a colá-las mais forte,
à bruta, com violência.

Ficam fixas desta vez,
Mas continuam a não fazer sentido.

E eu continuo
aborrecida.

                                                           cozinha

2 comentários:

  1. Está mt profundo. Nunca pensei que se pudesse escrever tanto sobre os ímanes do frigorífico. Mas parabéns, nunca tinha lido nada teu, mas gostei muito.
    beijinho,
    a menina do quarto do lado XD

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  2. Oh obrigada Nádia... fico feliz por teres gostado, mesmo!

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